O jardim do prazer: plantas afrodisíacas e seus benefícios

O jardim do prazer: plantas afrodisíacas e seus benefícios

A natureza sempre foi uma fonte inesgotável de mistérios e encantos, oferecendo-nos uma infinidade de recursos para nutrir o corpo e a alma. No coração dessa abundância, encontramos plantas que, ao longo dos séculos, têm sido reverenciadas por suas propriedades afrodisíacas. Estas plantas não apenas estimulam os sentidos, mas também nos conectam a uma dimensão mais profunda do prazer e da intimidade. Vamos explorar algumas dessas maravilhas botânicas e descobrir como incorporá-las em sua vida para enriquecer a experiência sexual.

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O papel do sol e da vitamina D na libido: uma conexão natural

O papel do sol e da vitamina D na libido: uma conexão natural

A natureza sempre foi uma fonte de inspiração e energia para a humanidade. Desde tempos imemoriais, buscamos no ambiente ao nosso redor respostas para questões que vão desde a saúde física até o bem-estar emocional e sexual. Um dos elementos naturais mais poderosos e acessíveis é o sol, cuja influência se estende muito além de iluminar nossos dias. Neste post, vamos explorar como a exposição ao sol e os níveis de vitamina D podem influenciar nossa energia sexual e libido.

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A dança dos instintos: sexo casual e a natureza humana

A dança dos instintos: sexo casual e a natureza humana

A sexualidade humana é um campo vasto e fascinante, repleto de nuances que refletem tanto nossa complexidade cultural quanto nossos instintos mais primordiais. Uma dessas expressões é o sexo casual , uma prática que, apesar de suas controvérsias, pode ser vista como uma manifestação dos instintos naturais que carregamos ao longo da evolução.

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A simbologia sexual nas flores: o que elas revelam sobre nossa intimidade

A simbologia sexual nas flores: o que elas revelam sobre nossa intimidade

As flores sempre foram um símbolo poderoso de beleza, fragilidade e renovação na natureza. No entanto, além de sua estética encantadora, elas carregam um significado mais profundo que se conecta diretamente à sexualidade humana. Desde tempos antigos, as flores têm sido usadas como metáforas para expressar desejos, paixões e a própria essência da intimidade. Neste post, vamos explorar como a simbologia sexual das flores pode revelar aspectos profundos de nossa própria sexualidade e como essa conexão pode ser celebrada em nossas vidas.

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A sabedoria dos animais: o que podemos aprender sobre sexualidade e relacionamentos casuais

A sabedoria dos animais: o que podemos aprender sobre sexualidade e relacionamentos casuais

A natureza é uma fonte inesgotável de sabedoria e inspiração, especialmente quando se trata de compreender aspectos mais instintivos da nossa existência, como a sexualidade. No reino animal, os comportamentos de acasalamento são tão diversos quanto fascinantes, oferecendo insights valiosos sobre nossos próprios desejos e relacionamentos casuais.

No mundo natural, o acasalamento não é apenas uma questão de reprodução, mas também de sobrevivência e adaptação. Espécies como os bonobos, por exemplo, utilizam o sexo não apenas para procriação, mas como uma forma de estabelecer vínculos sociais e resolver conflitos. Isso nos leva a refletir sobre como os encontros casuais podem servir a propósitos além do físico, promovendo conexões emocionais e sociais.

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A Peste de Camus o surto endêmico, também utópico

A Peste de Camus o surto endêmico, também utópico

Não raro é a ocasião que faz a obra. Desde a eclosão da pandemia, A Peste, obra do francês Albert Camus, também experimenta um surto viral: o livro físico esgotado na editora; o ebook com preço mais salgado; a versão em pdf rolando no zap. O motivo, para tanto, não é outro: a peste da cidade argelina de Orã é análoga, em vários dos seus efeitos, às transformações globais na esteira do COVID-19. De um lado, uma epidemia insubmissa aos remédios e velozmente letal. Do outro, o confinamento, a incerteza, a longa espera. O que não deve surpreender, afinal, como escreveu Beatriz Preciado em artigo recente no El pais: “vale a pena reler o capítulo sobre a gestão da peste na Europa de Vigiar e Punir para perceber que as políticas de gestão da Covid-19 não mudaram muito desde então”. Finalizada logo após o fim da Segunda Guerra, a obra foi escrita entre 1942-47, período em que o autor escrevia no jornal clandestino Combat! contra a ocupação alemã. Se Camus nunca escondeu que a peste era uma alegoria da Europa assaltada pelos nazistas, supõe-se outra camada de coincidência entre A Peste e o presente: além da pandemia, o novo tempo do mundo não corresponde ao inédito renascimento dos regimes autoritários? A cidade de Orã, portanto, é um laboratório em que Camus testa as reações possíveis perante o abismo – para falar como um existencialista, o absurdo – em já não encontramos as luzes irradiadas pelas certezas, até então vigentes, sobre o mundo. Em sua crítica ao livro, Roland Barthes diz que lhe falta “significação propriamente histórica”, sem a eficácia crítica da narrativa é posta em xeque. Não há dúvida de que, em termos ‘conjunturais’, A Peste é menos eloquente que a literatura pós-guerra de outros autores como Jean-Paul Sartre, Thomas Mann e William Faulkner. Não é menos certo, no entanto, que ao narrar o sofrimento humano com tamanha precisão, é a condição humana, em sua matéria tão inexorável quanto ambígua, fixada por Camus. Se Adorno dizia que não há poesia depois de Auschwitz, o que Camus está dizendo que tampouco haverá rendição. Vencemos uma vez e seríamos capazes de fazê-lo novamente. Decerto é uma boa hora para que retonermos ao livro. Os personagens de Camus – o médico Rieux, o viajante Tarrou, o jornalista Rambert, o servidor público Grand, o contrabandista Cottard – não são meramente movidos pela “boa vontade”, virtude moralista que Barthes apregoara ao livro. O raciocínios dos mesmos é antes tático que moral. Urgente e não clemente. Agem porque é necessário, embora não seja inevitável – até porque, de agora em diante, inevitável só a peste. Por mais que cristã, Orã não é contagiada pelo discurso do padre Paneloux, insistente de que a peste era uma penitência pelos costumes pouco cristãos dos moradores da cidade. Os moradores da cidade – em especial, os personagens caracterizados por Camus – dão-se conta, sem demora, que a religião não ajudava a reprimir a doença. Além da violação dos corpos e das famílias, a violência contra os personagens nasce da descoberta do absurdo dentro de si mesmo enquanto Deus se cala e se revela alguém distante. Não se trata nem de aceitar o flagelo como castigo, nem de perseverar no enfrentamento à espera da recompensa divina. “A questão não é saber qual é a recompensa ou o castigo que espera esse raciocínio. A questão é saber se dois e dois são ou não quatro”, afirma o narrador. É dessa matemática aritmética – e portanto dura e óbvia – que as ações dos personagens serão justificadas e, no mesmo ato, despidas de heroísmo através da escrita que lhes purga a pompa própria aos heróis e atores brilhantes. O caráter impiedoso da peste está bem expresso na temporalidade rarefeita da narrativa. A primeira metade do livro basicamente reproduz a progressiva e monótona conscientização dos moradores de Orã a respeito da peste. Camus instaura uma teia de pequenos episódios que se intercomunicam, sem que nenhum se sobreponha ao outro, mas ensaiem relações, à primeira vista, desinteressadas – até que discretamente, e por isso mesmo paradoxalmente, se transformam noutra coisa grande, espessa, a peste. Mesmo nos momentos da fuga de Lambart, há um anti-clímax endêmico, uma estratégia narrativa em que Camus formaliza as paragens, os obstáculos, as interrupções como o princípio do movimento da forma literária internalizada pela peste. Ao passo que a narrativa se move como placas tectônicas, os personagens de Camus ostentam uma subjetividade quase física, áspera, que não se guia por amor (“vou recusar, até a morte, amar esta criação em que as crianças são torturadas” afirma Rieux) ou por sabedoria (“não se pode, ao mesmo tempo, curar e saber”), Mas, sim, pela consciência brutal, frigida no calor e absurdez dos acontecimentos, de que viver eticamente significa estar estar à altura do próprio destino – 2+2=4. Mesmo que vários dos impasses subjetivos dos personagens de Camus sejam equivalentes aos de Jean-Paul Sartre, a vocação daquele em absorver a vida exterior, e não de exteriorizar a vida interior, torna seus derivados mais misteriosos, opacos e ainda assim pouco arbitrários – tudo isso diretamente atrelado ao estilo conciso (períodos curtos), sóbrio (poucos adjetivos), quase impessoal, mas ao mesmo tempo vulnerável, do relato de Camus. A sobriedade da linguagem de Camus, com efeito, não se presta a analisar clinicamente a realidade, pois o apuro e rigidez jamais subtraem o sentimento de fundo que assombra a letra do texto, a saber, de que o narrador escreve acossado pelo perigo, como alguém que não dorme e, mesmo quando isso acontece, não passa de uma noite de “sono sem sonhos”, como o mesmo afirma. O desassombro de Camus diante do narrado – isso que importa – é proporcional ao rigor em evitar que a boa vontade dos personagens seja celebrada em si mesma. Somente assim, o processo pelo qual reconstroem os vínculos sociais e políticos não é benevolente, como sugere a crítica de Barthes. Dito de outro modo: se Lambart desistiu da fuga para lutar ao lado das brigadas sanitaristas, foi porque o colapso das reações possíveis abriu o personagem para engajamentos até então impossíveis. Quem melhor exprimiu esse sentimento de desamparo que se revela diante de grandes tragédias foi Sartre, em texto escrito na mesma altura que A Peste, justamente sobre as vivências na Resistência Francesa: “a cada segundo vivíamos em sua plenitude o sentido desta pequena frase banal: ‘Todos os homens são mortais.’ E a escolha que cada um fazia de si mesmo era autêntica porque era feita na presença da morte, porque poderia sempre se expressar como ‘Melhor morrer do que…’.” Trazendo ao nosso caso, A Peste não expressa apenas a inadequação entre a força individual e o absurdo da situação, mas é premido pela urgência em resolvê-la, emendá-la, para a qual os personagens descobrem que não há outra solução senão a retradução do medo numa coragem afirmativa, pois só daí nasce a chance perante acontecimentos que excedem nossa capacidade de ação e fé. À vista disso, no interior da obra de Camus, fica mais fácil perceber porque A Peste representa a passagem da primeira fase, marcada pelo negação e o absurdo (O Estrangeiro e O Mito de Sísifo), para a segunda em que a revolta ganha corpo através da instauração de certa coragem afirmativa pelos personagens (A Peste e O Homem Revoltado). Nas palavras do autor, “se há evolução do Estrangeiro à Peste, ela se deu no sentido da solidariedade e da participação”. Parece também ser essa, afinal, a travessia que agora nos cabe.

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Atrás da Vidraça de Samarone Marinho – Poesia

Atrás da Vidraça de Samarone Marinho – Poesia

o lago

Narciso, no fundo do lago, confessou: – Venha, venha logo que o dinheiro é alma do negócio

futuri robots

sabe-se do devaneio sabe-se da desgraça alheia sabe-se, então, de tudo

o que nunca se espera é saber-se de nada quase-nada se vê durante uma viagem dispersa algo kamikaze insano infesta sonhos de crianças

já dizia Pinóquio: carros motocicletas aviões rodovias viadutos aeroportos ¿o que farão?

“apenas imaginar imaginar que as bolinhas de solidão morrerão asfixiadas matando outros mil” Gepetto, a espreita na janela, explica ao garoto

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Como transar na pandemia de covid 19 com segurança

Como transar na pandemia de covid 19 com segurança

Nos últimos anos a vida de críticos e curadores de cinema foi povoada por filmes de pandemia. Este fenômeno é resultado de uma reação inevitável ao contexto de crise sanitária global, o que nos leva a valorizar essa produção como uma importante tendência histórica. No entanto, a frustração é às vezes inevitável diante de uma fornada de filmes repetitivos e, muitas vezes, enfadonhos – poucos ainda suportam filmes-diários relatando os dias de reclusão com um ar de luto. Poetizar o dia a dia nunca esteve tão próximo do inferno.

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Contra o Fascismo

Contra o Fascismo

A sessão de “Jovens Infelizes” na abertura da Mostra de Tiradentes hoje tem um sentido especial: o sentido de denúncia ao fascismo crescente que já discutíamos neste trabalho. Filmávamos um futuro nefasto e este futuro chegou. Fascistas de verde e amarelo na rua unidos à polícia pedem um novo golpe. A violência física e verbal contra pessoas de esquerda se espalha. A imprensa que outrora apoiou o golpe civil-militar de 1964 novamente mostra sua cara. Sindicatos e organizações políticas são impunemente invadidos pela polícia e depredados por grupos de extrema direita. A judicialização da política chega ao seu nível mais grotesco, através de um judiciário partidarizado e notoriamente seletivo em suas investigações. O Estado policialesco que grampeia até mesmo a presidência da república e conversas particulares que nada provam, torna-se motor para o golpismo e a indignação seletiva.

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Santa Efigênia, Boca do Lixo, Cracolândia

Santa Efigênia, Boca do Lixo, Cracolândia

Todos os anos, principalmente em ano eleitoral, assistimos o mesmo espetáculo nos programas jornalísticos, depois repetidos exaustivamente nos horários políticos. Operações militares de vulto ocupam a cracolândia paulistana. Os viciados em pânico espalham-se pela cidade. Três ou quatro supostos traficantes são presos e alguns hotéis fechados. Renovam-se as promessas de revitalizar o espaço, a volta aos tempos áureos da região. Propositalmente confunde-se a história dos Campos Elíseos (este sim outrora nobre), com a do Bairro de Santa Efigênia, onde se localiza a Cracolândia, numa promessa mítica de volta à uma belle époque tão glamurosa quanto falsa.

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Dossiê Mães de Maio: Carreirismo acadêmico, ongueiro e estatal

Dossiê Mães de Maio: Carreirismo acadêmico, ongueiro e estatal

Nós do Movimento Independente Mães de Maio há muito tempo alertamos, e hoje reforçamos estar totalmente cansad@s da quantidade de oportunismo e carreirismo acadêmico com o qual somos obrigad@s a lidar dia após dia. Diversos gestores acadêmicos (ligados direta ou indiretamente a ONGs e ao Estado), professores, pesquisadores e até mesmo jovens estudantes – muitos que se auto-definem como “de esquerda”, mas que na verdade se aproximam dos movimentos única e exclusivamente pensando em SUAS pesquisas acadêmicas; em SEUS currículos que lattes mas não mordem; em SEUS eventos institucionais; e em SUAS carreiras individuais na academia ou em instituições ligadas direta ou indiretamente a órgãos do Estado.

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Meu Medo Do Pop

Meu Medo Do Pop

Deparei-me hoje com o texto/reflexão/provocação do Bruno Natal para o site “O Esquema” com o título de “Kiko Dinucci e o Medo do Pop“.

Como o próprio Bruno escreveu no começo do texto, ele nunca me entrevistou pra saber a minha posição a respeito, mas, mesmo assim, levantou diversas questões e conclusões. Senti-me com liberdade pra responder algumas dessas perguntas, já que no texto, meu nome é citado quase como uma espécie de símbolo da encruzilhada da minha geração em relação às massas.

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William Zeytounlian – Poesia

William Zeytounlian – Poesia

fome além da janela descansa prateado o horizonte pleno em sonhos.

a fome consome as últimas árvores em êxtase silente. há muito as sirenes cessaram. furioso, o deserto oferece um brinde sem resposta aos olhares constrangidos dos convivas: o vento o leva além dos confins, além de nossa visão e o traz de volta:

esboça uma linha em torno de nossas sombras: ‘além não irão’.

respirar o ar acre e escaldante que arrasta pelos séculos é como mergulhar em memórias. à espreita da eminência, repousas cinzas sob os lençóis. os olhos brancos das estrelas perfuram o rosto da noite: por detrás de uma névoa de sangue sua contemplação despedaçada.

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