Palimpsesto – Poesia
SP, 25.04.08
Escrever o inexato
para moldar
no texto
aquilo que era
inato
Reescrever o escrito
para tornar
outro
aquilo que foi
lido
Sobrescrever o verso
para limar
tudo
aquilo que será
abjeto
Prescrever o absurdo
para forjar
de novo
aquilo que fora
mudo
Descrever o engano
para fugir
sempre d´
aquilo que é
insano